FATO

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FRIO 36 E MEIO GRAUS



FATO (2005)


criação e interpretação Helena Cerello e Joana Mattei

supervisão Marco Antonio Rodrigues
iluminação Flavio Tolezani

O espetáculo teatral lançou mão de técnicas de dança e circo, a partir da obra do filósofo português José Gil a fim de refletir sobre a espetacularização das imagens e a padronização dos comportamentos.

Estreou em 2005 no Espaço Cultura Inglesa Pinheiros.





FRIO 36 E MEIO GRAUS


Cia. Bastarda De Teatro Plástico

direção e encenação Arthur Belloni
assistência de direção Djair Guilherme
elenco Djair Guilherme, Eduardo Araujo, Helena Cerello e Laís Marques.
coreografia Arthur Belloni e Laís Marques.
trilha sonora Arthur Belloni e Djair Guilherme.

“FRIO 36 e meio graus” esteve em cartaz no Teatro Laboratório da ECA, no Teatro Humboldt e no Centro Cultural São Paulo, 2003.
Em 2004, participou do IX FESTIVAL DE LAS ARTES SAN JOSÉ, Costa Rica.

Três atores – três realidades estanques – são colocados sobre um mesmo palco, onde participam de uma mesma peça. Logo salta aos olhos a impossibilidade de uma relação genuína entre as diferentes personas. Mesmo quando um ator consegue um contato físico, ainda que extremo ou violento, não há interação real. Eles deveriam participar da mesma peça e interagir, mas a incomunicabilidade acaba por gerar sua própria história.
Cada um dos seres em cena fala uma linguagem diferente e não espera qualquer resposta alheia, movidos que são por uma intolerância que os fazem tomar por inimigos tudo que não lhes é idêntico. A impossibilidade de coexistirem singulares acaba por gerar uma verdadeira guerra, no palco, entre os seres. Como que pairando sobre esse cenário, circula com autonomia uma quarta figura, conhecida como o Contra-Regra. É essa figura que, por vezes, constitui uma frágil ponte entre os três atores (...)
imprensa

Trecho da crítica de Hans-Thies Lehmann

(Professor titular de Ciências Teatrais na Universidade de Frankfurt am Main desde 1988, estudou com Peter Szondi. Autor de vários livros entre eles, Teatro Pós Dramático e O Teatro Político)

“Uma admirável experiência de invenção cênica, pontuada por humor, fortes emoções e maturidade profissional. Apresentando estruturas básicas da experiência humana de forma autêntica e perfeitamente articulada. A mistura de linguagens teatrais como dança, representação, musica e comédia, realiza-se de maneira nada menos que primorosa. Além disso fica claro que a peça fora planejada para atender a um público heterogêneo, criando um maravilhoso momento teatral – tão invejável quanto excitante para um visitante europeu que tem tido a chance de testemunhar muitas produções teatrais européias todos os anos. Eu espero que o diretor ou o grupo continue apresentando a peça regularmente. Existe um verdadeiro talento, merecendo ser descoberto por um público maior”.